O
nome “Estilo beuronense”, é denominação proveniente do local em que nasceu esta
escola artística, no final do século XIX, isto é, a Abadia de Beuron, na
Alemanha.
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 Abadia de São Martinho Beuron - Alemanha  | 
    Reunindo temas da arte egípcia e grega, o
“estilo beuronense” caracteriza-se pelo traço hierático e litúrgico de suas
figuras. A arte pagã é, com este estilo, elevada de forma a poder exprimir
verdades eternas. É uma arte de beleza clássica, rígida, com linhas puras,
distintas, cujas figuras traduzem respeito e atenção. Os traços do pincel do
artista lembram muito as antigas iluminuras utilizadas pelos monges copistas. É
particularmente sacral a contemplação das pinturas conduzindo à oração, à
adoração, ao recolhimento. A arte beuronense desenvolveu-se paralelamente ao
renascimento litúrgico e à reforma do canto gregoriano. 
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 Igreja da Abadia de Beuron 
 
 
 
 
 Ateliê de pintura de Beuron 
 
 
              No Brasil, o estilo beuronense chegou juntamente com os monges da Congregação de Beuron, no início do século XX, que vieram reformar os antigos mosteiros beneditinos do país, que estavam agonizando em conseqüência da política contrária aos religiosos do governo imperial, notadamente o fechamento dos noviciados. O Mosteiro de São Bento, de Salvador, reúne em seu acervo seis painéis em arte beuronense. Na atual Sala capitular e no refeitório dos Monges, pintados pelo Irmão Lucas Reicht, Monge Beneditino Austríaco, elaborados em 1910, o interior de ambos os espaços é decorado pelos painéis. A temática diverge, enquanto na sala capitular a temática é a vida espiritual, no refeitório o tema é o alimento, ora se utilizou passagens da Bíblia Sagrada e da hagiografia de São Bento.
            As bodas de Caná 
 
 
 
 Última ceia 
 
 
 
 Milagre da Farinha 
 
 
 
 Visitação de Nossa Senhora da Santa Isabel 
 
 
 
 O juízo final 
 
 
 
 Trânsito de São Bento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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